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Retrospectiva 2021

Atualizado: 8 de abr. de 2022

A chegada de 2021 trouxe consigo a esperança de que o fim da pandemia poderia estar se aproximando. Vacinas começaram a ser disponibilizadas em larga escala e deu-se início à vacinação em todo o mundo. Por um lado, de fato foi possível observar a retomada das atividades em certa medida, bem como uma sólida recuperação da economia global. Por outro, ainda não chegamos a uma solução definitiva para a pandemia. À medida que caminhamos para 2022, novas variantes continuam sendo um risco à saúde pública. Entre outras preocupações que permeiam a entrada em 2022, estão a inflação e a retirada dos estímulos monetários em todo o mundo. No Brasil, o foco é direcionado também à dívida pública e às próximas eleições presidenciais.


Principais Acontecimentos de 2021


Em janeiro, vimos a primeira invasão do Capitólio dos EUA por apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump. O episódio destacou que as tensões políticas permaneceriam altas nos próximos meses, o que era particularmente importante, uma vez que o novo governo começaria a discutir pacotes de estímulos trilionários para ajudar a economia americana a se recuperar da pandemia.


O início de 2021 também foi marcado por um grande short squeeze. Investidores de varejo coordenaram um short squeeze histórico das ações da GameStop, que alcançou um retorno de quase 2.000% e levou a perdas expressivas de fundos com grandes posições vendidas.



Em março, quando as atividades começaram a se normalizar ea forte demanda ameaçou as cadeias de abastecimento globais, o desafio se tornou ainda maior quando o Evergreen, um dos maiores navios porta-contêineres do mundo, bloqueou o Canal de Suez por seis dias e causou dores de cabeça no comércio global.


As mudanças climáticas também tiveram impacto nos mercados este ano. As geadas de julho prejudicaram a produção de alimentos no Brasil e ajudaram a elevar a inflação. Além disso, a seca severa impactou os preços em toda a linha, de grãos a energia, aumentou a importância dos ativos resilientes à inflação nas carteiras.


Na China, o aumento regulatório do governo fez com que seu mercado tivesse um dos piores desempenhos deste ano. As ações chinesas foram afetadas por investigações antitruste em empresas de tecnologia, novas regras no setor de educação e as preocupações com os IPOs de empresas chinesas em bolsas dos EUA – em particular, Didi, que será retirado da Bolsa de NY após ter estreado em menos de 6 meses. Evergrande também se destacou com os mercados preocupados com outro momento Lehman Brother.

2021 foi o ano em que o termo NFT, abreviatura non-fungible tokens ou tokens não fungíveis em português, se popularizou, com essa tecnologia abrindo novas possibilidades no universo criptográfico, junto com o Metaverso, conforme as empresas apostam nesse novo universo digital.


Em relação ao ESG, Environmental, social and corporate governance - Traduzido do inglês Governança Ambiental, Social e Corporativa - temos visto uma aceleração significativa das empresas brasileiras aderindo a essa agenda. O desafio climático, evidenciado principalmente pelo relatório do IPCC e reforçado na COP26, colocou a redução de gases de efeito estufa em destaque na agenda das empresas, por exemplo:

(i) a Ambev anunciou plano para zerar as emissões de carbono em sua cadeia de valor até 2040;

(ii) a CBA planeja ter uma linha de produtos neutros em carbono até 2030 e neutralização total até 2050;

(iii) Natura & Co arrecadou US $ 1 bilhão em vínculos ligados à sustentabilidade com metas como o uso de embalagens recicláveis ​​em 25% dos produtos até 2026.

Entre vários outros destaques, vimos empresas reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade e vendo a importância dessa agenda, enquanto os investidores estão cada vez mais pressionando por esse movimento.

No final de novembro, as preocupações com a pandemia estavam começando a diminuir, contudo uma nova variante do coronavírus surge causando novos impactos nos mercados. Descoberto na África do Sul, a variante Ômicron levantou preocupações, mais uma vez, com novas restrições que impactam a recuperação econômica global. A boa notícia é que estudos iniciais mostram que uma dose adicional das vacinas é capaz de neutralizar casos graves da doença. Olhando para 2022, COVID-19 continua a ser um risco a ser monitorado. E por fim, em dezembro a Capse anunciou o seu credenciamento à XP. A mesma assessoria especializada com uma maior diversidade de produtos e imparcialidade visando os melhores investimentos para você!


O que esperar de 2022?

Perspectivas econômicas globais:crescimento sólido, mas com riscos de queda


Começando com as previsões econômicas, Giacomo Barisone, diretor de classificações soberanas da Scope Ratings, vê a economia global continuar a sua recuperação desigual. As projeções para 2022 são sólidas, com um crescimento de cerca de 4,5%, porém abaixo dos 5,8% em 2021 e com riscos de redução. Novas variantes da Covid-19, a inflação em alta e a retirada do apoio fiscal e monetário representam riscos para a recuperação, explica a Scope Ratings. "O crescimento do PIB se normalizará um pouco no próximo ano, mas permanecerá acima da tendência. A Scope prevê um crescimento de 3,5% nos Estados Unidos e de 4,4% na zona do euro, 3,6% no Japão e 4,6% no Reino Unido. A China vivenciará umcrescimento mais próximo da sua tendência de longo prazo de 5%", diz Barisone.


Principais riscos do mercado: Covid-19 e inflação

Com foco nos mercados financeiros, Chris Iggo, CIO Core Investments da AXA Investment Managers, aponta para a nova variante do Covid como um risco chave continuado em 2022. "O início do ano vai ser complicado", adverte o especialista, que descreve a situação atual como "confusão contínua" com "sinais contraditórios". "Nos últimos meses, a conversa nos círculos econômicos girou em torno da reversão das políticas de estímulo, e 2022 estava se preparando para ser o ano de aumento dos juros, de algum aperto fiscal", explica Iggo. "Mas a questão agora é: os juros devem ser elevados para conter a inflação ou devemos permanecer num estado de acomodação a fim de compensar qualquer impacto negativo adicional da Covid?" A este respeito, o especialista considera que "o pior cenário é que os bancos centrais achem que precisam esmagar a inflação: os rendimentos reais aumentariam e o crescimento econômico responderia negativamente". Embora acrescente: "Este é um resultado possível, mas temos de esperar e ver um pouco mais sobre o que os dados trazem".

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