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Brasil, um país de poucas, mas grandes oportunidades

  • Pedro Saraiva
  • 15 de mar. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 8 de abr. de 2022


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O Brasil é de fato um país com incertezas econômicas, políticas e fiscais, mas ingênuo é aquele que não vê potencial na décima terceira maior economia do mundo. Apesar de ter caído uma posição no ranking das economias mundiais, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,6% em 2021 foi acima da média do grupo BRICS que engloba Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (as cinco maiores economias emergentes).

(Fonte: CNN)


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O Brasil é o maior exportador de soja do mundo, crescendo 5,2% de 2020 para 2021 segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Aliás, segundo Dra. Canan Balkir, professora de economia global na Florida International University o Brasil também se destaca como o segundo maior exportador de minério de ferro, um dos cinco maiores produtores de minério de manganês e bauxita, além do mais o Brasil contém 98% das reservas conhecidas de nióbio (utilizado na produção de supercondutores). Por final, o Brasil nunca ganhou tanto dinheiro como em 2021 na exportação de petróleo, gerando uma receita recorde de US$30,5 bilhões.

(Fonte: Estadão)


Uma nação com um número expressivo de exportações, já foi a sétima maior economia do mundo, têm a balança comercial positiva, riquíssimo em recursos naturais, o quinto maior país do mundo em termos de área, expectativa de vida da população maior que 75 anos, acima da média global de 72 anos. Mas mesmo assim, os ruídos políticos, a corrupção e a falta de disciplina fiscal são o suficiente para que a inflação se mantenha persistentemente alta, a renda per capita da população baixa e o desenvolvimento tecnológico e econômico insuficientes. Porém, após anos e anos com instabilidades, passando por hiperinflação nos anos 80 e 90 o Brasileiro criou um apego muito grande, quase que necessário, a investimentos considerados seguros. Infelizmente essa aversão a risco criada por fatores históricos fazem com que hoje a poupança (investimento com menor rentabilidade) seja o investimento mais utilizado pelos brasileiros, sendo escolhido por 29% dos investidores de classe A, B e C.

(Fonte: Valor Investe).


Entretanto, o investidor com uma maior educação financeira aproveita a principal consequência de uma inflação alta… uma taxa de juros elevada. Hoje (março/2022) no Brasil temos títulos do próprio governo como o Tesouro Prefixado com vencimento em 2025 pagando 12,47% ao ano. Temos títulos de dívida de emissores privados confiáveis e robustos como CDB do Banco Daycoval com vencimento em 2024 pagando 13,50% ao ano, CDB do banco XP vencimento em 2023 pagando 13,35% e CDB do banco ABC Brasil com vencimento em 2023 também pagando 13,4% ao ano. Por outro lado, mesmo com uma inflação média anual acumulada em fevereiro de 2022 de 4,63% países desenvolvidos como França, Japão, Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Alemanha e Canadá (OECD Data) tem suas taxas medias de juros em torno de 1,16% ao ano (OECD Data). O Brasil pode ter inúmeras falhas, mas neste curto prazo é indiscutível que seus títulos de renda fixa estão superiores à inflação, coisa que não está acontecendo nos países listados acima.

(Fonte: OECD Data)


Agora, caso os títulos de renda fixa emitidos por instituições de confiança ainda não mudem sua opinião sobre as oportunidades do risco e retorno no mercado brasileiro o setor imobiliário talvez consiga fazer essa diferença. Devido a insegurança e constante mudança no cenário econômico do Brasil, o Brasileiro também desenvolveu um “amor” por ativos imobiliários devido a segurança e previsibilidade que eles oferecem. Por exemplo famílias que vieram para o Brasil no início de 1900 e conseguiram se tornar bem sucedidas no ramo empreendedor compravam imóveis, que se mantidos passariam de gerações em gerações podendo garantir até aos tataranetos uma fonte de renda passiva confiável. Mas muitas vezes com o passar do tempo a família cresce, sendo assim a renda do imóvel é diluída. Sem falar quando existem desavenças familiares que fazem com que a administração do imóvel seja desgastante financeira e emocionalmente. Porém, o mercado de capitais brasileiro é inovador e nas últimas duas décadas um produto vem tomando cada vez mais espaço na carteira de pequenos, médios e grandes investidores; os fundos de investimento imobiliários.


Através da comunhão dos recursos de diversos cotistas, o gestor do fundo é capaz de comprar imóveis de altíssima qualidade e valor como prédios comerciais, galpões logísticos, supermercados, títulos de dívida como LCIs e CRIs e até mesmo terras agrícolas. Fundos de investimento imobiliários de logística como por exemplo o BTLG11 que têm um patrimônio líquido de aproximadamente 1,5 bilhões de reais e que através da sua décima primeira emissão de cotas, pretende captar 100 milhões de reais, expõe o investidor a inúmeros benefícios. Diferentemente de um imóvel administrado por um pai ou mãe de família, por exemplo, um fundo possui um gestor profissional acompanhado de seu time, cuidando dos ativos do portfólio. As taxas de administração cobradas pelos FIIs (geralmente 2% ao ano) são significativamente mais baixas do que as taxas cobradas por corretoras imobiliárias (geralmente acima de 6% ao ano) e além do mais, o aluguel dos imóveis ou juros dos títulos de dívidas são distribuídos para os cotistas de forma mensal e isentos de imposto de renda. Através de FIIs o investidor pode investir em imóveis de altíssima qualidade, com pouco dinheiro, muita praticidade e segurança. Investir em imóveis é uma característica do Brasileiro que agora está tomando outra forma, assim como imóveis singulares, fundos imobiliários de tijolo (aqueles FIIs que contêm majoritariamente imóveis físicos) vêm mostrando resiliência às crises econômicas mais recentes, incluindo a recessão de 2014 - 2016.


Em conclusão, o Brasil é sim um país incerto e até mesmo arriscado de se investir, mas com uma assessoria de qualidade, teses de investimentos bem fundamentadas, diversificação e paciência o investidor pode sim obter retornos satisfatórios no mercado de capitais Brasileiro. Não é atoa que em 2021 o Brasil recebeu 60 bilhões de dólares em investimento direto de estrangeiros. Além do mais, o Brasil foi o sétimo país mais procurado por investidores internacionais em 2021 (J. R. Guzzo - Zero Hora). Por fim, o Brasil é um país de poucas, mas grandes oportunidades.


Texto escrito em março de 2022, as taxas dos CDB descritos no texto são do dia 10/03/2022.

Esta comunicação tem conteúdo meramente informativo. Não se caracteriza uma oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer ativo ou instrumento financeiro nem uma confirmação oficial de qualquer transação.

 
 
 

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