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Éramos felizes e não sabíamos

Atualizado: 30 de nov. de 2021

Dom Pedro II quando idealizou a Caderneta de Poupança.

Éramos felizes e não sabíamos

Uma “entidade” que por décadas trouxe a tranquilidade e o “rentismo” ao bolso dos poupadores parece ter desaparecido, ou ao menos perdido sentido. A Caderneta de Poupança, por muito tempo considerada forma viável pela qual famílias menos abastadas conseguiam rendimento para suas reservas, se transformou e, com isso, parece ter se tornado o patinho feio do mercado financeiro.

Uma senhora de 160 anos; isso mesmo, instituída em 1861 por Dom Pedro II; a Caderneta de Poupança foi criada com o intuito de remunerar a uma taxa de 6% ao ano as economias de famílias dispostas a acumular reserva. Esse bom rendimento, por longos períodos, criou no brasileiro um hábito que hoje custa muito caro.


Para ficar claro vamos contar um pouco da história da Caderneta de Poupança.

Foram algumas alterações ao longo dos anos, porém, traremos aqui somente a última.

Em maio de 2012, a mudança mais recente estipulou que os valores depositados em Poupança passariam a render da seguinte forma:

70% da Taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR) quando a Taxa Selic estivesse igual ou inferior a 8,5% ao ano e;

6,17% ao ano mais a TR quando a Taxa Selic estivesse superior a 8,5% ao ano.

Ficou confuso? Vamos exemplificar:

Atualmente a Taxa Selic Meta está definida em 2,75% ao ano. Por estar abaixo de 8,5% ao ano, os valores depositados, em Caderneta de Poupança, renderão 70% da Taxa + TR (Lei 12.703/2012).

Taxa de rendimento da Poupança

Assim, 1,925% ao ano + TR (atualmente essa taxa é zero). Portanto, quem investe utilizando a Caderneta de Poupança tem um rendimento de 1,925% ao ano (mantendo condições atuais), ou seja, um valor inferior à inflação atual.


Exatamente, com um rendimento abaixo de 2% ao ano, o investidor que opta por deixar seu dinheiro em Poupança está vendo o seu dinheiro perder valor mês a mês. Se não bastassem as oportunidades perdidas, a inflação se responsabiliza a comprometer o pouco que sobra.


Depois desse susto costumamos ouvir a frase, “MELHOR DO QUE NADA!”.

Não temos como discordar disso. Porém, sabemos que “NADA” não é uma opção. Com a concorrência entre Corretoras e Bancos, as oportunidades que podem rentabilizar melhor o valor lançado à mão são diversas, SEM PREJUDICAR A SEGURANÇA DO INVESTIMENTO.


Não se preocupem, existem outros lugares para encontrarmos a felicidade. As oportunidades no mercado financeiro vão muito além daquelas que Dom Pedro II nos proporcionou, e falaremos mais sobre elas em próximas publicações.

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